14566486_899837456817518_2460725539681911279_oA Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e o Instituto Dragão do Mar realizam, por meio do Centro Cultural Bom Jardim e da Escola Porto Iracema das Artes, a III Semana de Arte Urbana (SAU) nos dias 26, 27 e 28 de outubro. A Semana de Arte Urbana (SAU) chega à sua terceira edição apostando em um caráter descentralizado de ações com atividades em diferentes lugares de Fortaleza.

As ações acontecem no Porto Iracema, no Centro Cultural Bom Jardim, no Poço da Draga, no Serviluz e na Barra do Ceará. A programação da SAU, assim como todas as atividades do Porto Iracema, é aberta ao público e gratuita com oficinas, debates, mostras, intervenções urbanas e festas. Este ano, a temática é “Narrativas Urbanas” e tem como objetivo promover reflexões e experiências formativas de pesquisa e de produção das ações artísticas urbanas.

Para a abertura, que acontece nesta quarta (26), vai ter ônibus garantido com 50 lugares saindo do Centro Cultural Bom Jardim em rota pela Escola Porto Iracema das Artes em direção ao Farol do Mucuripe. Confira os horários:

► Saída para abertura da SAU
16h – Centro Cultural Bom Jardim (Rua Três Corações, 400, Bom Jardim)
17h – Porto Iracema
18h – Chegada no Serviluz

► Rota de retorno
21h – Saindo do Serviluz (Farol do Mucuripe)
Passando pelo Porto Iracema em destino ao CCBJ

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

III SEMANA DE ARTE – SAU / NARRATIVAS URBANAS

26, 27 e 28 de outubro de 2016
Local: Porto Iracema das Artes, Centro Cultural Bom Jardim, Serviluz, Poço da Draga e Barra do Ceará

26/10 | quarta-feira

Das 14h às 17h
Oficina de Graffiti, com Cassius Marcellus, no Centro Cultural Bom Jardim
Oficina de Lambe-lambe, com Saulo Monteiro, no Porto Iracema das Artes
Oficina de Vídeo e Intervenção no Espaço Urbano, com Gabriel Mota (Gabura), no Porto Iracema das Artes

Às 18h
Abertura no Farol do Mucuripe – Serviluz
Para compor a mesa de abertura e discutir sobre “Narrativas Urbanas” estarão presentes alguns líderes comunitários convidados comentando sobre suas experiências: Priscilla Sousa (Servilost), Luiz Freire (Museu da Barra), Izabel Lima (Poço da Draga), Wilbert Santos (Bom Jardim – BonjaRoots)

MasterClass “Subterrâneos e Superfícies da Arte Urbana: notas sobre pixação, glamour e crime”, com a pesquisadora Deborah Pennachin (SP)
Dentro do amplo espectro da arte urbana contemporânea encontra-se a pixação, uma escrita marginal e controversa, dada a sua natureza ilegal. O ano de 2016 tem sido marcado, em algumas cidades brasileiras, por uma severa repressão aos pixadores e, ao mesmo tempo, pelo reconhecimento de suas qualidades estéticas por instituições paradigmáticas do universo da arte, em outras localidades. Como podemos compreender esta manifestação que suscita, ao mesmo tempo, aversão e fascínio, transitando das vernissages às cadeias?

Confraternização Sarau Farol Roots

27/10 | quinta-feira

Das 14h às 17h
Oficina de Graffiti, com Cassius, no Centro Cultural Bom Jardim
Oficina de Lambe-lambe, com Saulo Monteiro, no Porto Iracema das Artes
Oficina de Vídeo e Intervenção no Espaço Urbano, com Gabriel Mota (Gabura), no Porto Iracema das Artes

Às 19h
Mesa “Ações coletivas de intervenção urbana”, no Auditório do Porto Iracema, com Descoletivo e Aparecidos Políticos

Às 20h
Abertura da Exposição “Choque Cultural – 13 anos de produção gráfica”, no Espaço Multigaleria do Dragão do Mar
(parceria entre o Festival Concreto e a SAU)

28/10 | sexta-feira

Das 14h às 17h
Oficina de Graffiti, com Cassius, no Centro Cultural Bom Jardim
Oficina de Lambe-lambe, com Saulo Monteiro, no Porto Iracema das Artes
Oficina de Vídeo e Intervenção no Espaço Urbano, com Gabriel Mota (Gabura), no Porto Iracema das Artes

Às 19h
Encerramento no Auditório do Porto Iracema
Mesa “Imagem e Performance: o urbano compartilhado” com Alexandre Fleming Câmara Vale, Antropólogo na Universidade Federal do Ceará – UFC
A presente comunicação parte de algumas interpelações: a cidade seria um “texto” a ser lido? Qual a serventia do conceito de performance para pensar alguns agenciamentos imagéticos na cidade? Como a experiência compartilhada transita, epocal e qualitativamente, para uma autoria dialógica na qual as imagens da/na cidade constituem um “fazer com” e não um fazer “por sobre os ombros” das pessoas filmadas? Discorrei sobre esses temas a partir de experiências concretas de produções fílmicas realizadas em Fortaleza, tomando algumas das ogivas do saber antropológico para pensar a experiência do documentário.

Festa de Encerramento, às 21h30, no Galpão do Poço da Draga (a confirmar)

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Deborah Pennachin é Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela FaFiCH/ UFMG, mestre em Comunicação Social pelo departamento de Pós Graduação em Comunicação Social da UFMG e Doutora em Artes pelo departamento de Pós Graduação em Artes da Escola de Belas Artes também da UFMG. Atualmente desenvolve projeto de pós Doutorado sobre tatuagens criminais.

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Descoletivo – é o espaço de reunião de fotógrafos que pesquisam e produzem acerca de objetos conceituais em comum. Conta com um grupo fixo e eventuais parceiros, a depender do projeto desenvolvido. Trabalha na perspectiva de legitimar a rua enquanto galeria permanente, que deve ser ocupada, discutida e democratizada.

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Aparecidos Políticos – O Coletivo Aparecidos Políticos surgiu depois de presenciarem a chegada dos restos mortais do desaparecido político Bergson Gurjão Farias, após 37 anos do desaparecimento dele pela Ditadura Militar (1964-1985).
A partir dessa data o grupo vem desenvolvendo intervenções urbanas, escraches, grafites, lambe-lambe e rádio livre na luta por memória, verdade e justiça. Temos como proposta trabalhar numa relação entre a arte e política.

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Alexandre Fleming Câmara Vale é professor de antropologia na Universidade Federal do Ceará. Autor dos livros “No Escurinho do Cinema: cenas de um público implícito” e “O Voo da Beleza: experiência trans e migração”, dentre outros. Realizou os seguintes documentários: “Cinema Caradura”, “O Voo da Beleza”, “Tributo a Geraldo Markan”, “Tombando o gênero”, “Poço 110 anos: a reinvenção do tempo” e atualmente dedica-se na produção dos documentários “Dia de Vo(l)tar” e “Operação Canoa”.

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Oficinas

Oficina de Lambe lambe
Introdução ao lambe-lambe. Através da sua prática, dialogar sobre seus procedimentos, materiais e seus variados usos na sociedade com enfoque na arte urbana e suas possíveis narrativas.
Facilitador: Saulo Monteiro é artista-alguma coisa, licenciado em Artes Visuais pelo IFCE. É provocado pela a imagem, pelo desenho ou qualquer coisa que pareça com os dois.

Oficina de Vídeo e Intervenção no Espaço Urbano
Introdução a manipulação de vídeo, com o foco na interatividade. Conhecer a trajetória da arte digital no espaço público. Experimentar técnicas e equipamentos de instalação de vídeo através de aulas práticas.
Facilitador: Gabriel Mota (Gabura) – artista que transita pelo Audiovisual, Teatro e pelas Artes Visuais.Trabalhou na instalação do projeto de Videomapping “Dinamus”(2013), com Valentino Kmment. Fez o videomapping no espetáculos “TAR”(2014) e “Quem Tem medo de Travesti”(2015). Trabalhou na montagem da exposição “A Conversa Infinita”(2015), com Alexandre Veras.